Quando quem você é somente limita sua passagem pelo mundo.
Vale sempre lembrar, somos 8 bilhões de pessoas no mundo.
Você pode ver isto de duas formas. Visão de escassez e vitimismo, se considerando somente mais um. Visão de abundância e confiança, se considerando único.
Você continua sendo a mesma pessoa, mas a forma como se vê, faz toda a diferença, e irá impactar toda sua jornada, toda sua vida.
Lembre-se, você é único. Dentre 8 bilhões, não existe ninguém exatamente igual a você, isto é de uma raridade absoluta.
Mas daí você nasce, cresce, passa a sofrer influência do condicionamento social e cultural, e vai se esquecendo que é único, provavelmente será convencido de que é mais um.
Na fase da escola, principalmente, somos moldados a cumprir regras, e recebemos conhecimento uniformizado, todos devem saber as mesmas coisas, o que já vai nos direcionando para nossa atividade profissional, caixas que se enquadram naquilo que nos ensinam na escola.
A faculdade complementa o trabalho, colocando você na caixa de uma profissão, que está disponível em alguma empresa no mercado, que já está pronta para te oferecer um estágio, para então te convencer a ser mais um lá dentro, e perseguir o caminho que já está traçado.
Toda esta esteira do condicionamento social e cultural vai tirando nossa ideia de que somos únicos, e vais nor tornando mais um.
Nós aprendemos bem.
Como eu me apresentava, ao conhecer pessoas novas? “Oi, sou Cesar, advogado, atuo na área empresarial”. Sério mesmo? Mas é isso? Aquele ser único dentre 8 bilhões de pessoas é advogado empresarial? Esta é sua melhor autodefinição?
Somos treinados e condicionados para isso.
Aquela criança que quer fazer coisas muito diferentes, que diz que vai ser astronauta, pintor, aventureiro, costuma ter a atenção chamada, deve estudar para ser alguém, ou somente é ignorada mesmo, alguns até riem, do sonho bobo.
Mas as criança ouvem, talvez inconscientemente, e vão absorvendo a ideia de que não podem ser autênticas, não podem ser única em 8 bilhões, devem ser somente mais uma em oito bilhões.
Então você resolve se enquadrar em uma dessas caixas que nos oferecem, advogado, arquiteto, gerente, caixa, engenheiro, qualquer coisa, desde que exista um rótulo e seja uma vaga em alguma empresa.
Mas e fazer algo totalmente diferente? Não seja bobo.
Eu nem imaginava que pudesse viver fora de uma caixa, e tinha medo disso. Haveria vida fora das caixas?
Eu deixei a advocacia. Em que caixa eu entraria agora?
Comecei a atuar como Coach. Ufa, havia mais uma caixa para eu entrar, ainda que não seja uma muito tradicional, mas é uma caixa, todos sabem do que se trata. Se as pessoas sabem, tenho alguma segurança então, poderia viver disso, seria aceito pela sociedade.
Mas continuei ampliando meus conhecimentos de desenvolvimento pessoal, neurociência, psicologia, comportamento humano, passei então a lidar com mais ferramentas, não somente o Coaching.
O que eu era agora então?
E para piorar, como fui diretor financeiro da minha empresa, passei a prestar consultoria financeira para empresas.
Agora mesmo que não conseguia me definir.
Fui convidado para um podcast, e vem a pergunta “Como te apresento? Coach?”.
E agora? Quem eu sou? O que eu diria?
Mas pensando em minha jornada, eu aprendi várias coisas, vivi elas na prática, pela experiência, e organizando o conhecimento me habilitei a ensinar ele, ou praticar através de um serviço.
E foi assim que me defini no podcast, aprendo, vivo e ensino. O que? Aquilo que provocar minha curiosidade.
Tá, mas e o rótulo? A caixa?
O rótulo e a caixa é para ser mais um dentre 8 bilhões, para se apresentar de forma limitada.
Volto ao que disse no início. Se quem você é depende de um rótulo de uma caixa convencionada pela sociedade, acredito que sua passagem pela vida está extremamente limitada, você realmente é mais um.
Quem eu sou?
Oi, sou o Cesar, prazer!